A mercê do meu Dono
Meu Dono
Me arranha,me aperta,
me assanha
Me faz tua escrava,sem luz
sem cor,
Teu cheiro escala nas
nossas senzalas
Sem porta e sem chão
me põe no grilhão.
Me enche de amor
Você se esfrega,
os poucos me pega
Como o Sr gosta,
vem se enrrosca,
Me deixa sem nexo
roçando meu sexo
Me chama baixinho,
Vem minha cadela,
meu amor,
Me faz um carinho e
sem medo se expõe.
Se abre pra mim,
sem pudor
Minhas mãos te aprisionan,
unhas me desejam
Ferem-me minha carne
e eu perco a razão
Me joga no chão,
bem no meio da sala
Me olha e se cala,
como o olhar me atrai
Me encanta e
me domina,faz
de mim o que quer
Minha pele implora,
o suor do teu corpo,
Minha boca adormece
com o beijo seu.
E de uma vez só em você vou fundo
Como se fosse só no mundo
E este mundo fosse eu e você!
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